Após 4 dias bloqueados em rodovias de SC, caminhões de carga começam a chegar na Ceasa de Porto Alegre
- 04/11/2022
Cerca de 200 caminhões com destino ao Rio Grande do Sul ficaram parados no estado vizinho.
Começaram a chegar à Central de Abastecimento (Ceasa), na manhã desta sexta-feira (4), os primeiros caminhões de carga que estavam parados em Santa Catarina devido aos bloqueios de estradas por manifestantes contrários ao resultado das eleições presidenciais do último domingo (30). As rodovias foram desobstruídas na quinta (3), razão pela qual os motoristas – que aguardavam desde o final de semana, há quatro dias – puderam seguir viagem.
A Ceasa do estado fica em Porto Alegre e funciona como ponto de concentração da produção de hortaliças e frutas de diferentes regiões do Brasil. A ideia é interligar a produção em escala nacional, garantindo que regiões que não produzem um determinado produto possam recebê-lo de uma região que produz.
A direção do espaço estima que entre 150 e 200 caminhões de carga ficaram presos no estado vizinho. Há 100 mil caixas de 20 kg com legumes para chegar a Porto Alegre (acima, veja o vídeo de um dos caminhões de carga que estavam parados). São produtos como tomate, pimentão, vagem, abobrinha, cebola e batata. Fora frutas, como abacaxi, mamão, melão, manga e melancia.
Além disso, como são perecíveis, não há garantia de que os alimentos vão chegar em condições de venda e, consequentemente, consumo. Por essa razão, o prejuízo financeiro só poderá ser calculado quando todas as cargas chegarem.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Santa Catarina foi o estado onde levou mais tempo para as estradas serem liberadas. Até a manhã de quinta, havia 17 interdições de rodovias com 13 bloqueios totais no estado. A maior parte dos veículos com destino à Ceasa estava em Itajaí (SC), onde havia bloqueios em trechos das BRs 101 e 470.
No total, 250 empresas que vendem a partir da Ceasa foram afetadas, segundo a direção do espaço. Supermercados de Porto Alegre e da Região Metropolitana já sentiram reflexos do atraso, mas a estimativa é de que a situação seja normalizada nos próximos dias.
Fonte: G1 RS