Delegado Marion Volino esclarece mais detalhes sobre a investigação do Caso Jarbas
- 17/11/2022
Entrevista coletiva à imprensa foi concedida na tarde desta quarta-feira, na sede da Delegacia Regional da Polícia Civil, em Três Passos.
O delegado titular da Delegacia de Polícia de Três Passos, Marion Volino, responsável pelas investigações a respeito do homicídio que vitimou o então secretário de Saúde de Bom Progresso, Jarbas David Heinle, concedeu entrevista coletiva à imprensa, na tarde desta quarta-feira (16), detalhando mais informações a respeito do inquérito, entregue ao poder judiciário, na segunda-feira, e que indicia quatro pessoas com envolvimento no crime.
Através de diligências realizadas pela equipe de investigação da Delegacia de Polícia de Três Passos, o inquérito policial concluiu que a morte de Jarbas, filho do prefeito de Bom Progresso, Armindo David Heinle, foi praticada, em tese, por quatro indivíduos. Dois deles seriam os mandantes e os outros dois os executores.
Para o delegado, é de conhecimento na região que, em Bom Progresso, há dois grupos que disputam o poder político local.
Testemunhas ouvidas relataram que um dos mandantes tinha intenção de ocupar, futuramente, o cargo de prefeito no município. Para que isso ocorresse, os dois mandantes planejaram o crime e contrataram outros dois indivíduos para matar a vítima.
O crime foi triplamente qualificando: motivo torpe (a morte foi mediante pagamento de R$ 50.000,00; uma carta de emprego e uma promessa futura de emprego na Prefeitura Municipal, com salário de R$ 3.000,00); motivo fútil (eliminaram a vítima por ser de uma corrente política contrária no município); e para praticarem o crime os executores fizeram uma emboscada, ao ficarem escondidos no galpão que fica na casa de Jarbas. Quando a vítima chegou ao local, na noite de 10 de setembro de 2022, foi alvejada por quatro tiros (dois nas costas, um no tórax e outro na boca).
Dos quatro autores, um está preso, outro foragido e dois foram liberados pela Justiça, após cumprir o prazo da prisão temporária.
Segundo Volino, além de provas testemunhais, a Polícia Civil aguarda as perícias solicitadas em aparelhos de celular dos investigados.
O sistema de monitoramento na casa de Jarbas não estava funcionando no mês de setembro, após sofrer avarias ainda em agosto.
Fonte: Vinicius Araújo (Rádio Alto Uruguai)